Médicos têm de escolher qual paciente irá ou não para UTI.

Mesmo que indiretamente, médicos do Instituto de Infectologia Emílio Ribas já têm de escolher qual paciente irá ou não para um leito de UTI para o tratamento do novo coronavírus.

O médico supervisor da UTI de Emílio Ribas, Jaques Sztajnbok, fez a afirmação durante entrevista à Globo News.

Jaques Sztajnbok explicou que o hospital de referência no tratamento de doenças infectocontagiosas, em São Paulo, tem atualmente 30 leitos de UTI – todos ocupados.

Portanto, um novo paciente só pode ser admitido quando um leito fica vago, seja por falta ou por óbito de outra pessoa.

“Quando eu tenho zero vagas e olho [no sistema] que há seis solicitações para uma vaga, a situação já se delineia”, explicou.

“Quando aparece uma vaga e essas mesmas 6 solicitações continuam lá, essa escolha acaba sendo indiretamente efetivada. Mesmo sem a dramaticidade de estar com os dois pacientes na minha frente, com um único aparelho”, disse Sztajnbok.

O médico afirma ainda que não se pode afirmar se estamos ou não no pico dessa doença no país, ou se estamos caminhando para esse episódio, porque não se sabe qual é o comportamento dinâmico dessa epidemia.

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Médicos têm de escolher qual paciente irá ou não para UTI

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